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quarta-feira, 1 de outubro de 2008

ÉTICA E ENSINO DE LIBRAS

A ética e o ensino de Libras

Publicado em 25.09.2008

Carolina Longman

Vinte e seis de setembro é Dia Nacional de Luta do Povo Surdo e vale registrar alguns avanços e desafios. Antes de qualquer discussão se faz necessário afirmar com todas as letras: a Língua Brasileira de Sinais (Libras) é uma língua e não uma transcrição de outra língua. Mesmo assim, somente há seis anos, foi legal e oficialmente reconhecida. Portanto, é uma língua jovem, na verdade apenas uma criança, que ainda tem muito para crescer e se consolidar. A luta do povo surdo não é de hoje, há mais de duzentos anos a língua de sinais, nascida na França, chegou ao Brasil, na época do império e só agora no século 21 foi reconhecida.
No dia de amanhã, então, uma grande conquista a ser assinalada. Foi nesta data, em 2006, que se implantou nas universidades federais do País o curso de graduação em letras com especialização em Libras. Outro avanço: a implantação das legendas em algumas redes de televisão e nos filmes nacionais. Aqui em Pernambuco, destacamos a Associação de Surdos de Pernambuco, o movimento Jovem Surdo, o grupo teatral Mãos em Cena, o Cinesuvag e o Fotolibras.
A nossa luta ainda continua na divulgação e no reconhecimento da sociedade em geral da natureza do povo surdo, da sua cultura e da grandeza da sua língua. Infelizmente, como em qualquer situação de diferença, estamos sujeitos aos oportunistas e charlatães que escrevem e se dizem especialistas em Libras e definem políticas públicas sem conhecimento dos estudos surdos. Uns defendem que eles próprios, os ouvintes, são mais competentes que os surdos para ensinar a nossa língua. Parece uma piada, mas não é. Seria o mesmo que dizer: para ensinar japonês a brasileiro, só tem competência outro brasileiro falante de japonês. Essas atitudes denunciam o oportunismo de pessoas que querem se promover e, mais grave ainda, se colocam como "caridosos". São os verdadeiros "narcisos de caridade" como tão bem definiu Nelson Rodrigues.
O charlatanismo seria exatamente essa dissimulação, de quem se diz pretender promover o ensino de Libras e utiliza-se de ouvintes desclassificados. Aqui vale chamar atenção e fazer um alerta: as nossas universidades de ensino não ajudam a valorizar, nem contribuem na luta pela afirmação da cultura surda, quando não fazem uma seleção criteriosa e rigorosa para escolher os seus professores de Libras.
Outro grande desafio que ainda haveremos de travar é de lutar contra a inclusão de surdos nas classes de ouvintes com intérpretes. É preciso ter claro: a diferença necessita de meios diversos e bem mais complexos de aprendizado. Não basta colocar um intérprete de Libras na sala de aula e dizer que o surdo está incluído e aprendendo. Como construir conhecimento numa sala de aula com um intermediário de sua língua, ou mais, como se pode aprender profundamente com um intérprete? Intérprete não é professor. Intérprete não ensina, é um mero repassador de conteúdos.
Na prática, isso significa dizer que surdo não tem direito a professor, mas só a um repassador. Essa compreensão reforça a ideologia de que a escola é repassadora de conteúdos e não constrói conhecimento e pensamento. A prática dessa política, através de trabalhos científicos já publicados, denuncia o seu fracasso. Infelizmente, os dirigentes continuam defendendo a inclusão para os surdos. Queremos escolas de surdos de qualidade, com professores fluentes na nossa língua.
Por fim, uma última pergunta: qual a ética que esses gestores e falsos professores de Libras defendem?
» Carolina Longman é pedagoga.
http://jc.uol.com.br/jornal/2008/09/25/not_300750.php

domingo, 14 de setembro de 2008

OFERTA DO ENSINO DE LIBRAS PODERÁ SER OBRIGATÓRIA



COMISSÕES / Educação

09/09/2008 - 14h43


Oferta do ensino da Libras poderá ser obrigatória


A oferta do ensino da Língua Brasileira de Sinais (Libras) passará a ser obrigatória na educação infantil e no ensino fundamental, segundo o Projeto de Lei do Senado 14/07, de autoria do senador Cristovam Buarque (PDT-DF), aprovado em decisão terminativa nesta terça-feira (9) pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE). Como foi aprovado na forma de substitutivo, o projeto será ainda submetido a um turno suplementar na comissão.
De acordo com o texto aprovado, a disciplina de Libras será incluída na parte diversificada do currículo, "prioritariamente", na educação infantil e nos dois primeiros anos do ensino fundamental. O ensino da Língua Brasileira de Sinais, ainda de acordo com a proposta, será incluído "facultativamente" a partir da sexta série do ensino fundamental, "conforme as possibilidades e demandas da escola".
O autor do projeto, que também preside a CE, esclareceu que a Libras não será matéria obrigatória para os estudantes. Mas previu que o ensino da linguagem abrirá as portas dos alunos interessados para um "importante mercado de trabalho". Além disso, observou, a oferta da matéria poderá beneficiar as famílias das pessoas surdas, que disporão de um meio mais eficaz de comunicação com os que não podem ouvir.
Durante a discussão do projeto, a senadora Marisa Serrano (PSDB-MS) disse considerar o projeto "importante", mas admitiu estar preocupada com a real possibilidade de se colocar em prática o ensino da linguagem. O senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) chegou a questionar se não seria o caso de se estabelecer um prazo para a formação de professores.
O senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) observou que, a pedido de uma aluna surda, a Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG) contratou um tradutor de Libras para ajudá-la. Cristovam admitiu que faltarão professores em um primeiro momento, mas, a seu ver, a demanda acabará motivando a formação de novos profissionais.
O senador Wellington Salgado (PMDB-MG) leu carta enviada pelo senador Lobão Filho (PMDB-MA), que se encontra em viagem ao exterior, na qual este demonstra sua preocupação com a formação de professores em diversas outras matérias, além da Libras. O próprio Salgado afirmou estar acompanhando com atenção a aprovação de projetos que aumentam as despesas na área de Educação. Para o senador Augusto Botelho (PT-RR), porém, despesas com educação devem ser consideradas investimento. E, na sua opinião, é necessário investir na melhoria da qualidade da educação oferecida no país.
O relator ad hoc do projeto, senador Flávio Arns (PT-PR), recordou que a proposição ainda será submetida a um turno suplementar de votação. Até lá, ponderou, poderão ser analisadas possíveis emendas ao texto.
Marcos Magalhães / Agência Senado

sábado, 13 de setembro de 2008

II Encontro de Pesquisa do TIDD

II Encontro de Pesquisa do TIDD

15 de setembro de 20089h30 às 21h30Rua Caio Prado, 102, Auditório Anexo à Lanchonete (térreo)
Programação
9h30 – 10h15: AberturaProfa. Dra. Lucia Santaella (Coordenadora do TIDD)
As linhas de pesquisa do TIDD
10h15 - 11:00: Convidado: Dr. Sergio Amadeu (Casper Líbero) -
Conteúdo colaborativo e software livre
Mediação: Profa. Dra. Lucia Santaella
11h00h - 13h00: Mesa 1 - Criação no Ciberespaço Coord.: Profa. Dra. Rosangela Leote Convidado: Profa. Dra. Paula Carolei, Profa. Magaly Parreira do Prado, Guilherme Dias Felitti, Renate Landshoff, Profa. Thásia da S. Oliveira Magalhães, Daniel Melo Ribeiro, Roger Pascoal
13h - 14:00h - Almoço
14h00-15h30: Mesa 2 - Pensar as redes Coord. Prof. Dr. Luis Carlos Petry
14h00h – 14h45h: Convidado: Dr. Marcos Ferreira dos Santos (USP) "Reflexões sobre tempo e espaço"
14h45h – 15h30h : Convidado: Dr. Eugênio Trivinho (CENCIB) – A dromocracia cibercultural"
15h30 – 17h00: Mesa 3: Educação e aprendizagem em ambientes virtuais Coord. Profa. Dra. Sonia Maria de Macedo Allegretti
Convidado: Profa. Dra. Adriana Rocha Bruno (UFJF) - AVA, Estilos de Aprendizagem e Neurociência, Profa. Dra. Lucila Pesce, - Pesquisa TIDD & RIES (Rede Internacional Ecologia dos Saberes) da Universidade de Barcelona, Profa. Angeles Treitero Garcia Cônsolo, Debora Caetano Kober, Nuricel Villalonga Aguilera, Márcia Pereira Sebastião
17h00 – 18h30: Mesa 4 - Estéticas tecnológicas Coord. Profa. Dra. Lucia Leão
Randolph Aparecido de Souza, Lucas Correia Meneguette, José Carlos Silvestre Fernandes, Ana Carolina Rocha Vaz, David de Oliveira Lemes, Karen Patrícia Reis Figueiredo
18:30h - 19:00h – Intervalo19:00h - 19:30h Convidado: Prof. Dr. Winfried Nöth (Kassel) - Signos e máquinas semióticas
19h30 – 21h15: Mesa 5 - A pesquisa em Design Digital e Games Coord. Prof. Dr. Sergio Basbaun
Prof. Dr. Roger TavaresProf. Fábio Fernandes, Prof. Dr.Sérgio Nesteriuk, Prof. Eduardo Kashiwakura
21:15h - 21:30h Encerramento

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

visite SIGNMARK em http://www.myspace.com/signmark

Signmark, SURDO finlandês sinaliza música em língua de sinais

Deficiente auditivo fica famoso 'cantando' rap na língua dos sinais

Signmark, 30, nunca ouviu uma nota musical, mas já prepara o 2º disco.Letras falam sobre discriminação sofrida por aqueles que não podem ouvir.
Da EFE


Divulgação
O finlandês Signmark, 30, faz rap na língua dos sinais. (Foto: Divulgação)
Chegar ao sucesso no mundo da música por méritos próprios, sem a ajuda de padrinhos ou de concursos de televisão, é um desafio para qualquer um, ainda mais se a pessoa que sonha com isso é surda de nascença.

Este é o caso de Marko Vuoriheimo, conhecido como Signmark, um finlandês de 30 anos que, apesar de nunca ter ouvido uma só nota musical em toda a sua vida, um dia decidiu cantar rap em seu idioma materno, a língua dos sinais filandesa, tornando-se o primeiro rapper deficiente auditivo da história.

"Um dia, na escola, estava vendo clipes na televisão. Meu professor me pediu que apagasse o quadro e me disse: 'Marko, tudo bem você querer ser cantor, mas é melhor esquecer isso, já que você é surdo'. Com ódio, e não querendo me dar por vencido, decidi que um dia eu também seria um artista", disse Signmark à Agência Efe.

Durante anos, o rapper traduziu músicas de sucesso para a língua dos sinais, com o objetivo de "cantá-las" em festas e reuniões familiares, até que seus amigos o encorajaram a escrever suas próprias letras.

Em 2004, o finlandês criou um grupo de rap junto com dois amigos que com podem escutar: Kim e Heka, que compõem as músicas e cantam em finlandês enquanto Signmark "rapeia" com as mãos ao ritmo das vibrações sonoras.

A gravação do primeiro disco do grupo ("Signmark") dois anos depois, deixou Vuoriheimo e vários amigos sem dinheiro, mas o investimento valeu a pena, já que, pouco depois, o trio começou a ser convidado para performances em países como França, Estados Unidos, Japão e Espanha.


Sucesso inesperado
"O show em Madri em 2007 foi incrível. O público tentava subir no palco para tirar fotos conosco. Queriam até nos tocar", lembra o artista.

O sucesso inesperado encorajou Signmark a abandonar temporariamente seu trabalho como professor da língua dos sinais em uma universidade politécnica de Helsinque para se dedicar totalmente à música e realizar conferências sobre os direitos dos deficientes auditivos.

Atualmente, ele e seu grupo estão dando os últimos retoques nas canções de seu segundo disco, com o qual pretendem conquistar o mercado internacional e atingir todo tipo de público. Para isso, compuseram todas as canções em inglês e na língua dos sinais americana, "a mais universal entre os surdos do mundo", explica Signmark.


Crítica social
Como é comum no mundo do rap, as letras do agora quarteto estão cheias de crítica social. No caso específico do grupo, denunciam os preconceitos e a discriminação sofrida por aqueles que não podem ouvir.

"Com minha música, quero contar como é a vida dos surdos, nossa comunidade e nossa língua; explicar que não nos consideramos deficientes, mas parte de uma minoria lingüística. Isso sem esquecer o clima de festa", diz com um sorriso.

O exemplo de Signmark encorajou jovens surdos de outros países a formarem seus próprios grupos, sobretudo nos EUA, onde surgiram bandas como Helix Boyz e Beethoven's Nightmare.

FONTE: http://g1.globo.com/Noticias/Musica/0,,MUL754790-7085,00-DEFICIENTE+AUDITIVO+FICA+FAMOSO+CANTANDO+RAP+NA+LINGUA+DOS+SINAIS.html

domingo, 7 de setembro de 2008

Comunicação por texto originado das três tecnologias utilizadas pelas pessoas surdas - celular, internet e TTS

Gênia Tecnologia lança produto para deficiente auditivo


Por Bruno De Vizia

03 de setembro de 2008

O Decreto 6.523, assinado pelo presidente Lula em julho de 2008, que regulamenta normas gerais do serviço de atendimento ao consumidor, registra que o acesso das pessoas com deficiência auditiva ou de fala será garantido pelos Serviços de Atendimento ao Consumidor (SAC) em caráter preferencial. Ele abre o mercado para tecnologias voltadas aos usuários com deficiência, como o SIAS (Solução Integrada de Atendimento ao Surdo), da Gênia Tecnologia. O produto permite que empresas e órgãos públicos façam o atendimento ao surdo através de comunicação por texto originado de um celular, ou da internet (web chat) ou de telefone de texto para surdos – TTS.

O usuário com deficiência auditiva digita o texto e o atendente no Contact Center também responde por texto, sempre em tempo real, integrando o recebimento da comunicação por texto originado das três tecnologias utilizadas pelas pessoas surdas - celular, internet e TTS. “O deficiente auditivo não usa o telefone para surdo, ele usa celular, internet, e quer usar vídeo. Após pesquisar este tema, desenvolvemos um produto para Centrais de Atendimento”, disse Carlos Paiva, do departamento de vendas da Gênia. Ele explicou que o produto tuliza o software g-Com, o Gateway integrador e o treinamento para atendentes e supervisores. “O software g-Com está embarcado no gateway e não existe necessidade de instalação de software no cliente”, destacou.

Toda a comunicação realizada é gravada em log, e os históricos são mantidos para acesso e extração. No final do diálogo gera protocolo de atendimento e envia e-mail com dados do atendimento para a pessoa surda. Paiva conta que o produto começou a ser desenvolvido em novembro do ano passado, e contou com a ajuda de surdos no processo de finalização. “Estamos com o produto fechado, e já vendemos para a NEC, que vai implantar na Polícia Militar de Sorocaba”, afirmou o executivo, acrescentando que a empresa agora trabalha no desenvolvimento de um modelo que trabalhe também com SMS. “O produto atual trabalha com WAP, permitindo que seja estabelecido um chat para celular. E queremos ter um chat por vídeo, até 2009”, concluiu.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Letramento do Surdo e Tecnologia


Congresso Letramento

From: DeboraKober, 15 hours ago


Congresso Letramento
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(alguns textos foram adicionados aos slides, pela ausência do narrador)


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sábado, 30 de agosto de 2008

Cláudia Hayakawa no Congresso Internacional - Bilingüismo

Venho passar o YouTube sobre Congresso Internacional - Bilinguismo em Cotia.

http://br.youtube.com/watch?v=Q_9d8vRkY7w

É bem resumido e simples.

Pode encaminhar para outros.

Um abraço,

Claudia Hayakawa

http://acao.globo.com/Acao/0,23167,GTS0-3776-324157,00.html


Tradutores de sinais

A gente começa com o trabalho coordenado pela Sabine. O idioma principal deles é a língua brasileira de sinais. Essa peculiaridade, segundo especialistas, precisa ser levada em conta na hora de colocar alunos que ouvem e que não ouvem, na mesma sala.
Joyce teve meningite aos dois anos. O diagnóstico tardio deixou a menina surda.
“Aquilo ali foi um choque. A primeira coisa que eu me preocupei foi como a minha filha vai viver num mundo assim? Estudar? A primeira coisa que me passou pela cabeça foi como que ela vai estudar?”, diz Joyce.
Do nome, ou do apelido, ou do sobrenome... Na sexta série, Joyce entende a matéria graças a uma tradutora de libras.
“Tudo o que a professora fala em sala de aula, toda explicação das disciplinas, todos os comandos, tudo a gente interpreta, pra língua de sinais”, diz Mirian Caxilé, tradutora e intérprete de libras.
Há três anos, uma escola particular de Cotia, na Grande São Paulo, inclui surdos em salas de alunos que ouvem.
“Essa inclusão, a gente entende como uma inclusão assistida, porque ele não é só depositado dentro desse espaço. Primeiro, que a gente parte da perspectiva que um aluno surdo sozinho não pode ser incluído. Ele precisa ter um par pra trocas e pra se sentir acolhido também”, diz Débora Caetano Kober, coordenadora pedagógica.
A surdez não é um obstáculo para se comunicar com os amigos.
“O contato que a gente tem é através da escrita quando eles não sabem línguas de sinais, daí eles querem fazer curso, olham na agenda que tem alguns sinais, querem livros, querem entrar em contato com a nossa língua”, diz Robert Sanches, 13 anos.
“Eu acho legal, porque quando eles saírem do colégio, eles não vão só ter um grupo de surdos, eles vão conviver com várias pessoas e mais pessoas ouvintes, então é bom esse convívio com os ouvintes e surdos juntos”, diz Ivy Meireles, 13 anos.
“Eu estou adorando participar dessa inclusão com os alunos ouvintes. Muito legal está sendo essa troca”, diz Joyce Augusto, 12 anos.
Para chegar onde estão os estudantes com deficiência auditiva passaram por uma escola especial. Sabine está traduzindo pra gente uma aula da Escola para Crianças Surdas, que funciona há 31 anos em Cotia.
A instituição atende gratuitamente mais de oitenta alunos, que ficam aqui até a quarta série.
“Aprendi muito matemática, geografia, um monte de coisa”, diz Bruce Soriano, 11 anos.
A língua brasileira de sinais é ensinada desde o primeiro momento - seja qual for a idade do aluno.
“Ela é fundamental, o nosso ponto de partida, mas a língua portuguesa também está solta por aí, é na televisão, é no jornal, é no outdoor, quando ele vai ao supermercado com a mãe, tudo tem, tem suporte letrado, então a gente não pode perder de vista isso”, diz Débora Caetano Kober, coordenadora pedagógica.
Leonardo é o contador de histórias do dia.
“Eles ouvem a história em língua de sinais, eles vão tendo contato com o texto em português, vão fazendo as relações e vão aprendendo o português como segunda língua”, diz Amarilis Ferreira, professora.
Walker estimula os mais novos na brinquedoteca da escola. Surdo, ele só aprendeu a libras com nove anos, quando chegou aqui.
“A minha mão parecia que era dura, eu não conseguia me comunicar, aí eu chorava, sofri porque nos outros lugares, nas outras escolas, era muito ruim, muito ruim. Porque eu estudava junto com os ouvintes, incluído, todo mundo falando e eu não entendia nada”, diz Walker de Souza Silva, 18 anos.
Na escola para surdos, ele foi preparado para a inclusão. E formulou um sonho: estudar pedagogia.
“Eu não quero que haja um prejuízo nessa educação, eu quero estimular, ajudar nessa luta, desenvolver, eu quero lutar, trabalhar junto, pra ajudar a construir um caminho para esses surdos”, diz Walker.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

BEBÊ SURDO

Foto: Divulgação/ECS

Bebês surdos devem aprender língua dos sinais nos primeiros meses de vida

Pais têm de interagir com brincadeiras e usar linguagem para socialização.

Atividades buscam desenvolver habilidades visuais da criança.


Do G1, em São Paulo

O maior desafio para quem trabalha com crianças surdas é acreditar nos bebês como diferentes e não como deficientes. É assim que pensa a fonoaudióloga escolar Sandra Refina Leite, que trabalha na Escola para Crianças Surdas (ECS) Rio Branco, em São Paulo. Para Sandra, a melhor maneira de potencializar a produtividade e o desenvolvimento dos bebês é ensinar a Língua Brasileira de Sinais (Libras) desde os primeiros dias de vida. A fonoaudióloga participa nesta sexta-feira (22), em São Paulo, de um encontro que vai discutir a educação para surdos.

Atividades com bebês surdos visam desenvolver habilidades visuais e ensinar linguagem dos sinais. O maior desafio para quem trabalha com crianças surdas é acreditar nos bebês como diferentes e não como deficientes. É assim que pensa a fonoaudióloga escolar Sandra Regina Leite, que trabalha na Escola para Crianças Surdas (ECS) Rio Branco, em São Paulo. Para Sandra, a melhor maneira de potencializar a produtividade e o desenvolvimento dos bebês é ensinar a Língua Brasileira de Sinais (Libras) desde os primeiros dias de vida. A fonoaudióloga participa nesta sexta-feira (22), em São Paulo, de um encontro que vai discutir a educação para surdos.
“Desde o momento em que os pais descobrem a surdez do bebê é importante procurar um especialista para que, além da própria criança poder aprender a língua dos sinais, eles também possam aprendê-la. É fundamental que a criança desenvolva habilidades visuais para se sentir incluída socialmente e quanto mais cedo ela iniciar o processo de educação, melhor”, diz. “Todos os nossos esforços são para que a criança aprenda da maneira mais natural possível”.

A especialista afirma que os pais não costumam aceitar a surdez do bebê em um primeiro momento. “Nossa sociedade não está preparada para a diferença, e isso se reflete também no comportamento dos pais dos bebês, que demoram um pouco a se acostumar. Ainda assim, o resultado vale muito a pena”, afirma Sandra. A fonoaudióloga diz que em seis meses de atividades o bebê já começa a reconhecer os sinais, mesmo que de maneira ainda não estruturada. Em casa, é fundamental que os pais se comuniquem com o bebê por meio da linguagem de sinais. Sandra reafirma ainda a importância de brincar com a criança e contar histórias. “Aos pais cabe a tarefa de apresentar o mundo à criança, nomear pessoas e coisas, para que ela entenda a complexidade do mundo, e interagir sempre”, diz.

Surdez

O teste que identifica a surdez do bebê pode ser feito ainda na maternidade. As causas da deficiência podem ser muitas, mas as mais evidentes, segundo Sandra, são casos de meningite, rubéola e toxoplasmose da mãe durante a gravidez. No processo educacional proposto pela ECS, o bebê participa de atividades educacionais até os 3 anos, para se familiarizar com a linguagem de sinais. A partir dos 3 anos, a criança é encaminhada para o ensino formal em uma turma formada apenas por surdos. Depois do quinto ano do ensino fundamental, a orientação é que o aluno seja encaminhado a uma escola tradicional, acompanhado de um intérprete. “Propomos que o aluno fique em uma escola especial porque em todos os outros momentos do dia ele conviverá com pessoas ouvintes, dentro da própria família. A idéia não é isolar o aluno, mas ensiná-lo a agir como uma pessoa diferente, mas participante quando for exposto a qualquer situação com ouvintes”, afirma.

No próximo sábado (23) acontece, em São Paulo, o Congresso Internacional “Bilingüismo - Educação para Surdos: Práticas e Perspectivas”. O objetivo do encontro, que reúne profissionais de vários países, é propor e discutir temas relacionados à educação de surdos.

Serviço
Escola para Crianças Surdas Rio Branco Rodovia Raposo Tavares, 7.200 (quilômetro 24) - Cotia - SP Tel: (11) 4613 8478

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Bilingualism Deaf Education International Congress – Practices and Perspectives

Bilingualism Deaf Education International Congress – Practices and Perspectives

Pre Congress Program

Mini courses

21/08 Thursday - Bilingualism for deaf - Bilingualism Deaf Education International Congress – Practices and Perspectives

Pre Congress Program

Mini courses

21/08 - Thursday - Bilingualism for deaf - presentation:
Kristina Svartholm - Stockholm University (Sweden)

21/08 - Thursday – Schedule – 14h00 – 18h00 – Topic: Bilingualism, cultural barriers and educational Contexts – presentation:
Robert Johnson - Gallaudet University (USA)

22/08 - Friday - 9h00 – 13h00 - The bilingualism in Chile - presentation:
Dora Adamo Quintela - Universidad Metropolitana de Ciencias de la Educación (University of Chile)

22/08 - Friday 14h00 – 18h00 - The study of sign language acquisition by deaf children - presentation:
Gary Morgan - University College London (England)
Kristina Svartholm - Stockholm University (Sweden)

21/08 - Thursday – Schedule – 14h00 – 18h00 – Topic: Bilingualism, cultural barriers and educational Contexts – presentation:
Robert Johnson - Gallaudet University (USA)

22/08 Friday – 9h00 – 13h00 - The bilingualism in Chile - presentation:
Dora Adamo Quintela - Universidad Metropolitana de Ciencias de la Educación (University of Chile)

22/08 Friday 14h00 – 18h00 - The study of sign language acquisition by deaf children - presentation:
Gary Morgan University College London (England)

Congress Program

August 23rd , 2008

Schedule Activities Presentation
8:00 Registration

8:40 Opening Ceremony

9:30 Conference: Human rights through sign language
Martha Posada - Federação Nacional de Surdos da Colômbia

10:30 – 11:00 Coffee Break

11:00 – 12:30 Roundtable: The work with deaf babies
Gary Morgan - University College London (England)
Dora Adamo Quintela - Universidad Metropolitana de Ciencias de la Educación (University of ) (Chile)
Alexandre Jurado Melendes and Sandra Regina Leite de Campos - Escola para Crianças Surdas Rio Branco (School for deaf children)

12:30 – 14:00 Lunch and poster session

14:00 – 15:30 Literacy and deafness
Kristina Svartholm - Stockholm University - (Sweden)
Robert Johnson - Gallaudet University - (USA)
Mirtes H. Hayakawa and Débora C. Kober - Escola para Crianças Surdas Rio Branco (School for deaf children)

15:30 – 16:00 Coffee Break

16:00 – 17:30 Roundtable: Social organizations for deaf
Martha Posada - Federação Nacional de Surdos da Colômbia (Federation of Deaf Colombia) (Colombia)
John Haynes - President of Rochester ‘s Rotary Club - (USA)
Robert Johnson - Gallaudet University - (USA)

17:30 Conference: Bilingual Education for Deaf in Sweden: Theory and Practice
Kristina Svartholm - Stockholm University (Sweden)

18:30 Closing ceremony -
COTIA – SP - BRAZIL
http://www.ecs.org.br/site/Bilinguismo/
Registrations here!!!

domingo, 10 de agosto de 2008

em LIBRAS - CONGRESSO INTERNACIONAL - BILINGUISMO

Divulgação do CONGRESSO INTERNACIONAL - Educação para Surdos: Bilingüismo –Práticas e perspectivas
http://br.youtube.com/watch?v=KhRbSnBc8b8

sábado, 9 de agosto de 2008

CONGRESSO INTERNACIONAL BILINGUISMO - EDUCAÇÃO PARA SURDOS: Práticas e Perspectivas

CONGRESSO INTERNACIONAL BILINGUISMO - EDUCAÇÃO PARA SURDOS: Práticas e Perspectivas

Data: 23 de agosto de 2008

8h Inscrições

8h40 Abertura

9h30 Conferência:Direitos Humanos por meio das Línguas de Sinais:
Martha Posada - Federação Nacional de Surdos da Colômbia
10h30 às 11h Coffee break

11h às 12h30 Mesa Redonda:O trabalho com bebês surdos:
Gary Morgan - University College London (Inglaterra)
Dora Adamo Quintela - Universidade Metropolitana de Ciências da Educação (Chile)
Alexandre Jurado Melendes e Sandra Regina Leite de Campos - Escola para Crianças Surdas Rio Branco

12h30 às 14h - Almoço e apresentação de pôsteres

14h às 15h30 Letramento e surdez:
Kristina Svartholm - Stockholm University (Suécia)
Robert Johnson - Gallaudet University (EUA)
Mirtes H. Hayakawa e Débora C. Kober -Escola para Crianças Surdas Rio Branco

15h30 às 16h Coffee break

16h às 17h30 Mesa redonda: Organizações sociais para surdos
Martha Posada - Federação Nacional de Surdos da Colômbia
John Haynes - Presidente do Rotary Club de Rochester (EUA)
Robert Johnson - Gallaudet University (EUA)

17h30 Conferência: Educação Bilíngüe para os Surdos na Suécia: Teoria e Prática
Kristina Svartholm - Stockholm University (Suécia)

18h30 Encerramento

CONGRESSO INTERNACIONAL - BILINGUISMO: Educação de Surdos


domingo, 3 de agosto de 2008

EDITAL PARA INTÉRPRETE DE LIBRAS - Prefeitura de São Paulo

EDITAL DE CREDENCIAMENTO Nº 01/SME

- DOT- EE/ 2008

ASSUNTO: EDITAL PARA INTÉRPRETE DE LIBRAS - 2008.

A Secretaria Municipal de Educação, por meio da Diretoria Orientação Técnica - Educação Especial, com o objetivo de garantir acessibilidade ao currículo, aos alunos surdos ou deficientes
auditivos que não se comunicam oralmente, por meio de INTÉRPRETES da Língua Brasileira de Sinais, língua de instrução e meio de comunicação objetiva e de uso corrente da comunidade surda.

Considera:

Lei Federal 10.098/00, art. 17:

“O Poder Público promoverá a eliminação de barreiras na comunicação e estabelecerá mecanismos e alternativas técnicas que tornem acessíveis os sistemas de comunicação e sinalização às pessoas portadoras de deficiência sensorial e com dificuldade de comunicação, para garantir-lhes o direito de acesso à informação, à comunicação, ao trabalho, à educação,
ao transporte, à cultura, ao esporte e ao lazer”.

Lei Federal 10.436/02, art.2º.

“Deve ser garantido, por parte do poder público em geral e empresas concessionárias de serviços públicos, formas institucionalizadas de apoiar o uso e difusão da Língua Brasileira de Sinais - Libras como meio de comunicação objetiva e de utilização corrente das comunidades surdas do Brasil”.

Decreto Federal 5.626/05, regulamenta a Lei Federal 10.436/02: art. 17. “A formação do tradutor e intérprete de Libras - Língua Portuguesa deve efetivar-se por meio de curso superior de Tradução e Interpretação, com habilitação em Libras - Língua Portuguesa”.

art. 18. “ Nos próximos dez anos, a partir da publicação deste Decreto, a formação de tradutor e intérprete de Libras - Língua Portuguesa, em nível médio, deve ser realizada por meio de:

I -cursos de educação profissional;
II -cursos de extensão universitária; e
III - cursos de formação continuada promovidos por instituições de ensino superior e instituições credenciadas por secretarias de educação.

Parágrafo único.A formação de tradutor e intérprete de Libras pode ser realizada por organizações da sociedade civil representativas da comunidade surda, desde que o certificado seja convalidado por uma das instituições referidas no inciso III”.

art. 19.” Nos próximos dez anos, a partir da publicação deste Decreto, caso não haja pessoas com a titulação exigida para o exercício da tradução e interpretação de Libras -Língua Portuguesa, as instituições federais de ensino devem incluir, em seus quadros, profissionais com o seguinte perfil:

I -profissional ouvinte, de nível superior, com competência e fluência em Libras para realizar a interpretação das duas línguas, de maneira simultânea e consecutiva, e com aprovação
em exame de proficiência, promovido pelo Ministério da Educação, para atuação em instituições de ensino médio e de educação superior;

II - profissional ouvinte, de nível médio, com competência e fluência em Libras para realizar a interpretação das duas línguas, de maneira simultânea e consecutiva, e com aprovação em exame de proficiência, promovido pelo Ministério da Educação, para atuação no ensino fundamental;

III - profissional surdo, com competência para realizar a interpretação de línguas de sinais de outros países para a Libras, para atuação em cursos e eventos.

Parágrafo único. - As instituições privadas e as públicas dos sistemas de ensino federal, estadual, municipal e do Distrito Federal buscarão implementar as medidas referidas neste artigo como meio de assegurar aos alunos surdos ou com deficiência auditiva o acesso à comunicação, à informação e à educação”.

art. 20. - Nos próximos dez anos, a partir da publicação deste Decreto, o Ministério da Educação ou instituições de ensino superior por ele credenciadas para essa finalidade promoverão, anualmente, exame nacional de proficiência em tradução e interpretação de Libras - Língua Portuguesa.

Parágrafo único. - O exame de proficiência em tradução e interpretação de Libras -Língua Portuguesa deve ser realizado por banca examinadora de amplo conhecimento dessa função,
constituída por docentes surdos, lingüistas e tradutores e intérpretes de Libras de instituições de educação superior”.

art. 21.A partir de um ano da publicação deste Decreto, as instituições federais de ensino da educação básica e da educação superior devem incluir, em seus quadros, em todos os níveis, etapas e modalidades, o tradutor e intérprete de Libras - Língua Portuguesa, para viabilizar o acesso à comunicação, à informação e à educação de alunos surdos.

§ 1o O profissional a que se refere o caput atuará:
- nos processos seletivos para cursos na instituição de ensino;
II - nas salas de aula para viabilizar o acesso dos alunos aos conhecimentos e conteúdos curriculares, em todas as atividades didático-pedagógicas; e
III - no apoio à acessibilidade aos serviços e às atividades-fim da instituição de ensino.

§ 2o As instituições privadas e as públicas dos sistemas de ensino federal, estadual, municipal e do Distrito Federal buscarão implementar as medidas referidas neste artigo como meio de assegurar aos alunos surdos ou com deficiência auditiva o acesso à comunicação, à informação e à educação”.

Lei Municipal nº 13.304/02, art.1º:

“Fica reconhecida oficialmente, no Município de São Paulo, a Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS, e outros recursos de expressão a ela associados, como língua de instrução e meio de
comunicação objetiva e de uso corrente da comunidade surda”.

Decreto Municipal nº 45.415/04, art.11,:

“ O Sistema Municipal de Ensino promoverá a acessibilidade aos educandos e educandas com necessidades educacionais especiais, conforme normas técnicas em vigor, mediante a eliminação
de:

Inciso II - barreiras nas comunicações, oferecendo capacitação aos educadores e os materiais / equipamentos necessários”.

1. DO OBJETO DO EDITAL

1.1 O presente Edital tem por objeto o credenciamento de Intérpretes de LIBRAS, para atuar nas salas de aula em que houver alunos surdos ou deficientes auditivos que não se comunicam
oralmente, nas Diretorias Regionais de Educação e na SME/DOT.

2. DO AMPARO LEGAL

2.1 O credenciamento dos Intérpretes encontra amparo no “caput” do art. 25 da Lei Federal n° 8.666/93; artigo 1º da Lei 13.278/02 e no parecer da Procuradoria Geral do Município,
ementa nº 10.178, acolhida pela Secretaria Municipal dos Negócios Jurídicos.

3. DA DOTAÇÃO ORÇAMENTÁRIA

3.1 Sendo efetivadas as contratações derivadas deste credenciamento serão oneradas as dotações orçamentárias:
3.1.1 Das Diretorias Regionais de Educação, quando se tratar de contratação de intérpretes para eventos realizados pela DRE e para atuar nas Unidades Educacionais sob sua jurisdição;
3.1.2 Da SME/DOT, quando se tratar de eventos realizados pela SME/DOT.

4. DA ORGANIZAÇÃO DAS ATIVIDADES DO INTÉRPRETE

4.1 Cabe aos Centros de Formação e Acompanhamento à Inclusão - CEFAI das Diretorias Regionais de Educação:
4.1.1 Mapear as escolas e classes em que há alunos surdos ou deficientes auditivos que não se comunicam oralmente;
4.1.2 Orientar os intérpretes sobre sua atuação nas Unidades Educacionais e eventos realizados pelas DRE;
4.1.3 Orientar as Unidades Educacionais sobre a atuação dos intérpretes na sala de aula.
4.2 Cabe à SME/DOT:
4.2.1 Orientar os intérpretes sobre sua atuação, de acordo com o tipo do evento e a necessidade de interpretação, quando se tratar de evento realizado pela SME/DOT.

5. PERFIL DO CANDIDATO

5.1 Pelas características das atividades a serem desenvolvidas os candidatos a Intérpretes devem apresentar o seguinte perfil:
5.1.1 Profissional ouvinte, de nível superior, com competência e fluência em LIBRAS para realizar a interpretação das duas línguas, de maneira simultânea e consecutiva, e com aprovação em exame de proficiência, promovido pelo Ministério da Educação, para atuação em instituições de ensino médio e de educação superior;
5.1.2 Profissional ouvinte, de nível médio, com competência e fluência em LIBRAS para realizar a interpretação das duas línguas, de maneira simultânea e consecutiva, e com aprovação em exame de proficiência, promovido pelo Ministério da Educação, para atuação no ensino fundamental;
5.1.3 Profissional proficiente em assuntos acadêmicos;
5.1.4 Profissional deve observar os seguintes preceitos éticos:
* Confiabilidade (sigilo profissional);
* Imparcialidade;
* Discrição;
* Distanciamento profissional;
* Fidelidade à informação.

5.1.5 Não ser funcionário público.

6. DO LOCAL, DO PERÍODO DA FORMA DAS INSCRIÇÕES

6.1 As inscrições serão realizadas de 11 a 15 de agosto de 2008, das 9h às 12h e das 13 às 17h, na Diretoria de Orientação Técnica - Educação Especial da Secretaria Municipal de Educação, sito à Rua Doutor Diogo de Faria, 1.247, 2º andar, sala 311, Vila Clementino, São Paulo-SP.
6.2 No momento da inscrição o candidato deverá fazer uma ou mais opções de Diretorias Regionais de Educação e/ ou SME/DOT, em que tenha interesse em atuar como intérprete.

7. DAS CONDIÇÕES DO CREDENCIAMENTO

Considerar-se-á credenciado o candidato que cumprir as seguintes etapas:

7.1 Fase I - Cadastramento e Habilitação dos profissionais:
7.1.1 Para inscrição o candidato deverá preencher o formulário de inscrição - Anexo I e /ou Anexo II, e entregar a documentação que consta no item 7.1.2.
7.1.2 Considerar-se-á habilitado ao Credenciamento o candidato que atender às seguintes condições:

a) Apresentar certificado de conclusão do ensino superior, se interessado em atuar como intérprete no ensino fundamental e médio;
b) Apresentar certificado de conclusão do ensino médio, se interessado em atuar como intérprete no ensino fundamental;
c) Apresentar certificado de aprovação no PRO-LIBRAS/MEC - Proficiência em tradução e interpretação da LIBRAS/LP/LIBRAS
- Categoria: Fluente em LIBRAS com nível superior completo, se interessado em atuar como intérprete no ensino fundamental e médio;
d) Certificado de aprovação no PRO-LIBRAS/MEC - Proficiência em tradução e interpretação da LIBRAS/LP/LIBRAS
- Categoria: Fluente em LIBRAS com nível médio completo; se interessado em atuar como intérprete no ensino fundamental;
e) Apresentar declaração de que não é funcionário público.
7.1.3 A Secretaria Municipal de Educação representada pela Diretoria de Orientação Técnica - Educação Especial encaminhará os formulários de inscrição, acompanhados da documentação de habilitação, para a respectiva Comissão de Avaliação e Credenciamento.
7.1.4 Os inscritos terão sua documentação analisada pela Comissão de Avaliação e Credenciamento, constituída por portaria de SME para esta finalidade.
7.1.5 O resultado da análise dos documentos referentes à Fase I, realizada pela Comissão de Avaliação e Credenciamento será publicada no DOC.
7.1.6 Os inscritos que forem selecionados passarão para a Fase II do processo de credenciamento.
7.2. Fase II - Exame de proficiência em assuntos acadêmicos:
7.2.1 Os inscritos selecionados na Fase I passarão por exame de proficiência em assuntos acadêmicos para o ensino fundamental e para o ensino médio, a ser realizado por instituição contratada pela Secretaria Municipal de Educação para esse fim.
7.2.2 O referido exame será realizado na sede da instituição contratada e será filmado para análise da interpretação da LIBRAS para a Língua Portuguesa e da Língua Portuguesa para LIBRAS.
7.2.3 O resultado do exame será publicado no DOC.
7.2.4 Serão considerados credenciados os inscritos aprovados na Fase I e Fase II.
7.3 Critérios para manutenção dos Intérpretes no rol de credenciados, após a seleção de que trata o item 7.2 do presente edital.
7.3.1 O Intérprete passará pelos seguintes critérios estabelecidos para sua manutenção no rol de credenciados:
a) participar de reuniões de planejamento do curso junto às Unidades Educacionais e SME/DOT, quando solicitado;
b) estar em consonância com o perfil proposto para a contratação.
7.4. Da contratação dos profissionais credenciados:
7.4.1 Os profissionais credenciados passarão a ser Intérprete de LIBRAS, de acordo com as necessidades das Diretorias Regionais de Educação de sua opção e SME/DOT, sendo acionados à medida dessa necessidade, para prestação de serviços nas Diretorias Regionais de Educação de sua opção e SME/DOT, preferencialmente, podendo, no entanto, serem encaminhados para outras Diretorias Regionais de Educação de acordo com a necessidade desta Secretaria.
7.3.2 Os Intérpretes credenciados e contratados deverão assumir as obrigações conforme Anexo II.
7.3.3 O credenciamento não gera automaticamente direito à contratação.

8. DA INTERPOSIÇÃO DE RECURSOS
8.1 A partir da data de publicação dos resultados da Fase I e da Fase II, os interessados terão o prazo de 3 (três) dias para a interposição de recurso, que deverá ser protocolado na Diretoria de Orientação Técnica - Educação Especial.
8.2 Não serão reconhecidos recursos enviados pelo correio, fac-símile, correio eletrônico ou qualquer outro meio de comunicação.
8.3 Os recursos serão decididos pelo Secretário Municipal de Educação, após instrução de SME/DOT, e a decisão publicada no Diário Oficial da Cidade.
8.4 Decididos os recursos eventualmente interpostos, ou não havendo estes, e após o sorteio público, o Secretário Municipal de Educação homologará a decisão pelo credenciamento e a
publicará no Diário Oficial da Cidade.

9. DO SORTEIO PÚBLICO
9.1. Após o credenciamento, haverá sorteio nas Diretorias Regionais de Educação e na SME/DOT para estabelecer a ordem de contratação dos profissionais.
9.1.1. O sorteio a que se refere o item 9.1, será público e deverá ser precedido de aviso publicado no Diário Oficial da Cidade - DOC com a antecedência de, no mínimo, dois dias úteis.
9.1.2 Nas Diretorias Regionais de Educação JT, PJ, G, SM, MP e SA, que possuem Escolas de Ensino Fundamental e Médio, realizarão o sorteio a que se refere o item 9.1.1 para estabelecer a ordem de contratação dos profissionais credenciados para aturem no Ensino médio e um sorteio para os profissionais credenciados para atuarem no Ensino Fundamental.
9.1.2.1 Os profissionais credenciados nas Diretorias Regionais de Educação mencionadas no subitem anterior participarão tanto do sorteio para o Ensino Fundamental como do sorteio para o Ensino Médio, se credenciados para o Ensino Médio.
9.1.3. O resultado dos sorteios a que se refere o item 9.1, deverão ser publicado no Diário Oficial da Cidade - DOC, ficando a Administração vinculada à ordem estabelecida pelo sorteio para a efetivação das contratações.
9.1.4. Em casos excepcionais, devidamente justificados nos autos em que a contratação será formalizada, a ordem estabelecida no sorteio poderá ser alterada, por decisão fundamentada
da autoridade competente para a autorização das contratações.

10. DA DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA PARA A CONTRATAÇÃO
10.1 No ato da contratação, o contratado deverá entregar os seguintes documentos:
10.1.1 Cópia do documento de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas - CPF;
10.1.2 Cópia do RG;
10.1.3 Comprovante de situação cadastral do CPF, que pode ser obtido no site da receita federal, link CPF, situação cadastral (www.receita.fazenda.gov.br);
10.1.4 Comprovante de endereço;
10.1.5 Comprovante de conta corrente frente ao Banco Bradesco S.A.

11. DA VIGÊNCIA DO CREDENCIAMENTO
11.1 O Credenciamento é válido por 1 (um) ano, podendo ser renovado uma única vez, por igual período.
11.2 Durante o período de vigência será permitido o credenciamento de novos profissionais, que serão analisados pela Comissão de Avaliação e Credenciamento, de acordo com as condições estabelecidas neste edital.
11.2.1 Cabe ao Secretário deliberar sobre o credenciamento de novo profissional, por meio de ato decisório a ser publicado no Diário Oficial da Cidade.
11.2.2 Credenciado o profissional, este passará a figurar na última colocação da ordem de contratação a que alude o item 9.1.3.
11.2.3 Realizado o credenciamento de novo profissional, nova listagem dos credenciados, por Diretoria Regional de Educação e por SME/DOT, com a ordem de contratação atualizada será
publicada no Diário Oficial da Cidade.

12. DOS VALORES
12.1 O Intérprete, uma vez contratado receberá R$ 15,15
(quinze reais e quinze centavos) por hora de trabalho diurna (60 minutos), e R$ 18,72 (dezoito reais e setenta e dois centavos) por hora de trabalho noturna (60 minutos), com os devidos descontos previstos em lei.
12.2 Entende-se por horário diurno das 6h às 19h.
12.3 Entende-se por horário noturno das 19h às 23h.

13. DISPOSIÇÕES FINAIS
13.1. O Intérprete será responsável pelos documentos encaminhados, não implicando qualquer responsabilidade para a Secretaria Municipal de Educação.
13.2. O ato da inscrição implica a sujeição às condições estabelecidas neste Edital.
13.3. Os pedidos de esclarecimentos serão apreciados e resolvidos pela Comissão de Avaliação e Credenciamento, ficando, desde logo, eleito o foro da comarca da cidade de São Paulo para dirimir eventuais questões decorrentes deste Edital.

domingo, 27 de julho de 2008

UnC abre inscrições para curso de intérprete de LIBRAS

A UnC está com inscrições abertas até 8 de agosto para o curso de Formação de Intérprete de LIBRAS. As aulas ocorrerão às terças e quintas-feiras no período noturno, de agosto/08 a janeiro/2009. As inscrições devem ser realizadas na Coordenadoria de Extensão e Cultura da UnC. O curso de Extensão da UnC propõe reduzir a carência de intérpretes de LIBRAS para atuação nas instituições escolares.

O intérprete da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) é o mediador entre o surdo e as informações sobre a cultura e o universo ouvinte.

O curso da UnC visa capacitar profissionais para atuarem nos diversos espaços sociais tais como: instituições de educação básica, de ensino fundamental, médio e superior; instituições públicas e privadas de atendimento à população; eventos científicos; reuniões e/ou assembléias municipais, estaduais e/ou federais. A capacitação também visa a preparação para o Prolibras, que permite a obtenção da Certificação de Proficiência no uso e no ensino da LIBRAS.
CANOINHAS - SC

Mais informações sobre o curso de Intérprete de LIBRAS no 47 3622-9917 ou www.cni.unc.br.

terça-feira, 22 de julho de 2008

CERTIFICAÇÃO DE PROFICIÊNCIA NA LIBRAS

De 22 de julho à 21 de agosto estarão abertas as inscrições para o Exame Nacional para Certificação de Proficiência no uso e no ensino da Libras e para Certificação de Proficiência na tradução e interpretação da Libras/Português/Libras.
Para maiores informações acesse http://www.prolibras.ufsc.br/.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

ENCONTRO DE JOVENS SURDOS

De 16 a 20 de Julho, acontece em São Paulo, o I ENCONTRO DE JOVENS SURDOS DE SÃO PAULO.
O evento é destinado à Jovens Surdos e sua mobilização por novas conquistas.
Maiores informações, acesse http://www.jovenssurdos.org.br/enjs/
Parabéns aos organizadores!

Febraban lança programa de Capacitação para Pessoas com Deficiência

A Febraban – Federação Brasileira de Bancos – lançou, dia 02 de julho, às 08h30, no Hotel Transamérica (São Paulo), o Programa de Capacitação Profissional e Inclusão de Pessoas com Deficiência no Setor Bancário. Este programa é uma ação afirmativa integrante do Programa de Valorização da Diversidade lançado no mês de abril.
O objetivo do projeto piloto é permitir o aprimoramento educacional ou mesmo oferecer o supletivo do ensino médio de modo a ser possível realizar a capacitação profissional das pessoas com deficiência para incluí-las no mercado de trabalho bancário. Uma pesquisa realizada em 2006 indica que 78,7% das pessoas com deficiência têm menos de oito anos de escolaridade. Experiência realizada no passado indicou que sem complementação educacional essas pessoas não tem condições de acompanhar a qualificação técnica. Essas questões dificultam e mesmo impossibilitam o atendimento das vagas geradas pela “lei de cotas” por parte dos bancos.
O programa é uma iniciativa da Febraban e caracteriza-se por ser uma parceria público-privada, sendo participantes a Prefeitura de São Paulo, a universidade UniSant’Anna e cursinho da Poli, além da consultoria I-Social. O projeto piloto prevê a participarão de 529 pessoas com deficiência que se dividirão entre o Aprimoramento Educacional e o Supletivo do segundo grau.
Nos dois casos, após a conclusão desses cursos, os alunos participarão da etapa de Qualificação Profissional em sala de aula. Finalmente, como última etapa, cumprirão uma agenda de treinamento prático nos próprios bancos. Todas as pessoas com deficiência serão contratadas pelos bancos no cargo de auxiliar bancário no momento de sua respectiva seleção. O salário inicial é de R$ 560,37 para jornada de 04 (quatro horas) tendo direito também aos benefícios previstos na Convenção Coletiva do Setor. As vagas disponíveis são para deficientes físicos e sensoriais (visuais e auditivos). Os interessados podem se inscrever através do email oportunidade@isocial.com.br, ou em uma das sete unidades do CAT – Cento de Apoio ao Trabalho, da Secretaria Municipal do Trabalho. Confira os endereços abaixo:
-Zona Sul/Interlagos: Avendida Interlagos, 6.122 (das 7h00 às 16h00).-Zona Sul/Santo Amaro: Rua Barão do Rio Branco, 864 (das 7h00 às 16h00).-Zona Central/Luz: Avenida Prestes Maia, 913 (das 7h00 às 18h00).-Zona Central/Liberdade: Rua Galvão Bueno, 782 (das 7(das 7h00 às 16h00).-Zona Oeste/Lapa. Rua Catão, 312 (das 7h00 às 16h00).-Zona Norte/Santana: Rua Voluntários da Pátria, 1.553 (das 7h00 às 16h00).-Zona Leste/Itaquera: Rua Gregório Ramalho, 12
É necessário portar RG, CPF, Carteira de Trabalho e Laudo Médico com o CID – Código Internacional de Doenças.
O Programa é uma ação firme na direção da presença de maior diversidade nos quadros dos bancos associados.
ParceirosUni Sant’Anna O Centro Universitário Sant’Anna é hoje uma das maiores instituições de Ensino Superior privado de São Paulo, com mais de 14 mil alunos em cinco campi: Santana, Tucuruvi, Parque São Jorge, Shopping Aricanduva e Salto. Oferece cerca de 40 cursos de Graduação, Graduação Tecnológica e Pós-graduação, além da Escola Sant’Anna Kids de Ensino Infantil e Fundamental bilíngüe. A Uni Sant’Anna tem tradição no atendimento a alunos portadores de deficiência e no incentivo à prática esportiva.Cursinho da Poli
Fundado em 1987 pelo Grêmio Politécnico para promover a democratização do acesso à universidade, o Cursinho da Poli atendia até 1995, 250 jovens por ano. Atualmente com três unidades, Zona Sul (Santo Amaro), Zona Leste (Itaquera) e Zona Norte (Lapa), totalizando uma área de mais de 8 mil metros quadrados de instalações, mais de 7.000 alunos por ano estudam com apostilas elaboradas a partir da realidade do projeto. Desde que foi criado, o Cursinho da Poli já atendeu mais de 80 mil jovens de baixa renda.
Secretaria Municipal de Trabalho
A Secretaria Municipal do Trabalho tem concentrado todos os seus esforços na geração de renda e ocupação qualificada. A estratégia envolve parcerias com outras secretarias, empresas privadas, universidades e terceiro setor. São três vertentes de intervenção, em interação permanente: Intermediação de Mão de Obra, Capacitação Profissional e Empreendedorismo. Os benefícios são colocados à disposição da população através das 11 unidades da São Paulo Confia e das sete unidades do Centro de Apoio ao Trabalho (CAT).
i.Social
A i.Social Soluções em Inclusão Social é um empresa que, há dez anos, atua em favor da inclusão profissional de pessoas com deficiência no mercado de trabalho formal. Pautada pela Lei de Cotas – que estabelece a contratação de profissionais com deficiência às empresas com mais de cem funcionários – a i.Social presta consultoria às corporações a partir da proposição de quatro módulos: estrutural, cultural, capacitação e qualidade. Por ter assessorado mais de cem empresas, a i.Social tem um acúmulo ímpar no que se refere à inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho formal. E, por isso, preocupa-se com a adequação e redefinição de todos os módulos e ações para cada uma das organizações.Apresentação do Programa de Capacitação
Superintendência de Comunicação da Febraban
Danilo Vivan (11) 3244-9831
Solange Valentim (11) 3244-9832

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Tecnologia para Surdos, por Eduardo Parise

Tecnologia para Surdos!
Deficiente Auditivo ou Surdo?
A deficiência auditiva pode ter maior ou menor intensidade. Quando a deficiência é parcial, o que permite o indivíduo ter resíduo de audição, pode ser caracterizado como Deficiente Auditivo, porém, se a deficiência é de tal forma que não permite a diferenciação dos sons inibindo a fala, o indivíduo é Surdo.
Para efeito de nosso tema, vamos considerar "Tecnologia 3G para Surdos da Comunicação [SEM] Barreira" o que não invalida seu uso pelos Deficientes Auditivos.
Há 15 ou 20 anos, os Surdos tinham como alternativa a comunicação escrita. Sim, uma carta escrita que chegava pelo correio. Havia demora em chegar, para ler, ser respondida e postada nos correios. Imaginem vocês que isso era só o que tínhamos. Depois tivemos o Pager (bip), que
era usado digitando a mensagem.
Junto mais um aparelho celular para pedir o auxilio de voz para redigitar mensagem do bip, não tínhamos ainda o nosso poder de acessibilidade de enviar uma mensagem pelo Bip.
De um jeito ou de outro havia dificuldade para interpretação do texto, ou seja, o surdo não tem a mesma fluência em português que um ouvinte e sempre acabava havendo problemas para assimilar a mensagem.
Chegamos à época do celular analógico que permite então uma maior interação entre os surdos.
Envia-se uma mensagem e a resposta pode ser retornada nos minutos seguintes, embora haja a mesma dificuldade do uso do português, ou seja, a linguagem falada em nosso país difere da linguagem de sinais, acrescida da leitura labial.
Houve ainda o tempo do TDD (Telecommunications device for the deaf), porém o interlocutor também devia ter o mesmo equipamento do outro lado da linha, o que também tinha altíssimo custo. Hoje ainda vemos esse aparelho disposto em determinados shoppings de São Paulo e em alguns estados no Brasil. Quando você vir um deles pergunte a recepcionista quantos vezes já foi usado aquele aparelho. Pura demagogia.
Simultaneamente temos o milagre da Internet, pois a comunicação é facilitada, embora a grande maioria não possa ter um computador em casa, devido seu custo. Hoje então temos a tecnologia 3G: texto, voz, Internet Full Time, Messenger instância, E-mail, Vídeo Conferência e SMS, todos esses recursos num único equipamento. Essa tecnologia funcionalmente permite que os surdos usem a Libras.
Libras, o que é isso? Língua Brasileira de Sinais, regulamentada pelo Decreto 5.626, isto em Dezembro de 2006.
Libras é a língua usada pelos surdos para sua comunicação. Assim como as diversas línguas existentes, ela é composta por níveis lingüísticos como: fonologia, morfologia, sintaxe e semântica. Da mesma forma que nas línguas oral-auditivas existem palavras, nas línguas de sinais também existem itens lexicais, que recebem o nome de sinais. A única diferença é sua modalidade viso-espacial. Agora é possível que de qualquer parte do país ou do mundo, dois surdos possam se comunicar
livremente sem ter que pedir ajuda a ninguém, o que, diga se de passagem, nem sempre conseguem.
Todos podem ter um equipamento desses? Sim podem desde que possam pagar em torno de R$1.300,00 por ele.
E as despesas de conexão? Ah! É o combustível para sua super máquina! Aqui é que entra a "Responsabilidade Social", do governo, das operadoras, da comunicação móvel. Bolsa Comunicação. Pobre tem Bolsa Família, nós podemos ter uma ajuda para esse fim, pois a maioria dos surdos além de ter deficiência auditiva , tem a deficiência financeira, ou seja, estão situados nas classes menos favorecidas e não teriam todo esse dinheiro para obter o equipamento mais despesas de comunicação.
Então? Vamos juntar forças para sensibilizar os responsáveis para nos ajudar?
Eduardo Munhoz Parise
eduardo.parise@uol.com.br
Coordenador de Pesquisa e Tecnologia da Federação Nacional de Educação e Integração
dos Surdos
São Paulo, 08 de Julho de 2008

"A Língua" por Vilém Flusser


"(...)Ela encerra em si toada a sabedoria da raça humana. Ela nos liga aos nossos próximos e, através das idades, aos nossos antepassados. Ela é, a um tempo, a mais antiga e a mais recente obra de arte majestosamente bela, porém sempre imperfeita. E cada um de nós pode trabalhar essa obra, contribuindo, embora modestamente, para aperfeiçoar-lhe a beleza. No íntimo sentimos que somos possuídos por ela, que não somos nós que a formulamos, mas que é ela que nos formula. (2004, p.37)"

Serviço Móvel Pessoal - tarifas reduzidas para usuários com deficiência

Projetos - SENADO FEDERAL30/06/2008 - 12h46
Pessoas com deficiência auditiva ou da fala poderão pagar menos por mensagem de texto em celular
Tramita na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) projeto de lei que obriga as empresas de telefonia celular a criarem planos específicos baseados em mensagens de texto - mais conhecidos como torpedos - para pessoas com deficiência auditiva ou da fala. De acordo com o projeto (PLS 238/08), as operadoras de Serviço Móvel Pessoal terão de especificar tarifas reduzidas para seus usuários com deficiência, tanto para plano pré-pago quanto para pós-pago.
O autor do projeto, senador Flávio Arns (PT-PR), afirma na justificação da proposta que em todo mundo o uso de mensagem de texto em telefones celulares tem sido um recurso muito útil para as pessoas com deficiência auditiva ou da fala. Ele defende, no entanto, que para tal mecanismo ser efetivamente acessível ao segmento mais pobre da população brasileira, é fundamental que existam planos específicos, de baixo custo, para a utilização exclusiva de mensagens de texto.
A matéria aguarda designação do relator na CDH. Após apreciação nesse colegiado, o projeto será encaminhado à Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT), onde receberá decisão terminativa.
Da Redação / Repórter da Agência Senado(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado) http://www.senado.gov.br/agencia/verNoticia.aspx?codNoticia=76362&codAplicativo=2